Colégio Estadual Pedro Calmon: 55 anos de história

No dia 31 de março de 2019, serão comemorados os 55 anos de história do Colégio Estadual Pedro Calmon - CEPC com a realização de um passeio ciclístico denominado “Pedala Pedro: CEPC em movimento”. O evento percorrerá algumas ruas centrais da cidade e contará com a participação de toda comunidade escolar. Além disso, o passeio ressaltará a importância do esporte agregado a temas transversais trabalhados pela escola como: “Educação para o trânsito”, “Vida saudável”, “Cidadania” e “Meio Ambiente”.

O CEPC faz parte da Rede de Educação do Estado da Bahia e está localizado na Praça da Bandeira, 371, no centro de Amargosa – município situado na região do Recôncavo Sul da Bahia e pertencente ao Território de Identidade do Vale do Jiquiriçá. O nome do Colégio homenageia o filho ilustre da cidade, Pedro Calmon Freire Bittencourt.

O prédio que abriga o CEPC começou a ser construído no início dos anos 1950, pelo então Prefeito Dr. José Viana Sampaio. Em 1956, o Promotor de Justiça Theodomiro Brasil, conhecido pela alcunha de “Dr. Brasil”, deparou-se com um prédio inacabado e em situação de abandono. Percebendo a importância da educação para a cidade, que carecia de mais escolas, mobilizou lideranças políticas e eclesiais da cidade, comerciantes, fazendeiros, entre outros, que juntos formaram a Associação Educacional de Amargosa, com intuito de iniciar atividades educacionais no prédio em desuso. A associação iniciou suas atividades com uma estrutura física contendo apenas quatro salas de aula, auditório, banheiros e secretaria. Após concluídas as obras principais, em janeiro de 1957, a Associação fundou a Escola Comercial de Amargosa – ECA, que entrou em funcionamento no ano subsequente, como uma instituição particular e sujeita ao regime de externato, ministrando aulas para alunos de ambos os sexos (contudo, com forte predominância masculina).
Inicialmente, foi oferecido o Curso Básico de Comércio com duração de quatro anos. Alguns dados indicam que a escola oferecia também um Curso Básico de Secretariado, mas a falta de dados consistentes sobre essa questão suscita dúvidas se este segundo curso foi oferecido de fato ou tratou-se apenas de uma promessa não efetivada.

A Escola, então, iniciou suas atividades educacionais contando com um corpo docente composto de padres, juízes, promotores, médicos, entre outros. A presença destes profissionais pode ser justificada pelo certo status social que a profissão obtinha no período. Sua clientela era composta por alunos oriundos de muitas cidades circunvizinhas, entre estas: São Miguel das Matas, Santa Inês, Elísio Medrado, Mutuípe, etc.. As mensalidades cobradas permitiam que indivíduos das camadas populares pudessem ter acesso à escola, configurando um espaço de inclusão social para a sociedade amargosense. Os alunos que pretendiam estudar no local prestavam Exame de Admissão (ginasial), que consistia na aplicação de uma avaliação para o aluno e sua aprovação era requisito para entrada na escola.
Em 1964, a escola foi doada ao Governo do Estado da Bahia, passando a ser denominada Ginásio Estadual Pedro Calmon, através do Decreto nº 19219, de 18 de fevereiro de 1964. Com a estadualização, a escola continuou a oferecer o curso ginasial e passou a ofertar, também, o Curso Técnico em Contabilidade, extinguindo o Curso Básico de Comércio. E, em 1974, a escola passou a receber alunos para o Curso de Magistério (ofertado até então no Colégio Santa Bernadete), ainda mantendo o curso de Técnico em Contabilidade.
Porém, com a Lei nº 9394/1996 (LDB), foram extintos os cursos profissionalizantes no ensino de 2º grau, sendo as últimas turmas a se formarem em tais cursos no Colégio: de Contabilidade em 2002 e do Magistério em 2006. Atualmente, o CEPC mantém os cursos de Ensino Médio Regular e em Tempo Integral e o do Tempo Formativo III (Eixos VI e VII).